26 maio 2008

O Pé Diabético na Diabetes Mellitus


Os problemas que aparecem na perna e, particularmente no pé dos diabéticos constituem um constante desafio à ciência e à profissão médica. As alterações anatomopatológicas da diabete mellitus são numerosas, acometem o corpo como um todo e de várias formas, principalmente no período avançado da moléstia e na região de transição da perna ao tornozelo e no pé propriamente dito. A neuropatia diabética e suas alterações da sensibilidade dos pés têm sido as maiores responsáveis pelo aparecimento destas lesões de difícil tratamento e de prognóstico reservado. Normalmente, o diabético só se dá conta da lesão quando esta se encontra em estágio avançado e quase sempre com uma infecção secundária, o que torna o tratamento extremamente difícil, devido à insuficiência circulatória.

O que se sente?
Desaparecimento ou diminuição dos reflexos do tendão, das rótulas e do calcanhar são frequentes.
Diminuição na sensibilidade térmica e dolorosa e áreas de anestesia são justificativas às tão frequentes lesões.
Na verdade, o grande problema do diabético - devido à sua falta de sensibilidade - é que só se apercebe da seriedade de seu caso, quando sente o mau cheiro exalado pela gangrena diabética.

Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela história clínica e pelo exame físico da lesão que geralmente é indolor porém extensa e de odor extremamente desagradável devido à necrose húmida que provoca.

Como é feito o tratamento?
No tratamento do pé diabético, é fundamental encarar sempre esses pacientes como casos graves, pois é imprevisível o potencial evolutivo que encerram as lesões nos diabéticos, particularmente quando se associam à polineuropatia, à vasculopatia e às infecções.
É necessário o controle rigoroso da glicemia através da dieta e de insulina ou hipoglicemiantes orais, bem como da limpeza diária e tratamento precoce das lesões - o mais imediato possível.
Como é feita a prevenção?
A prevenção no pé diabético é o capítulo mais importante nesta patologia:
o exame diário dos pés, bem como a protecção dos dedos e maléolos é a maneira mais fácil de evitar o aparecimento das tão desagradáveis e perigosas lesões;
é necessário secar bem os pés, cortar cuidadosa e periodicamente as unhas;
é preciso evitar a colocação de calor local, tipo bolsas de água quente e proximidade com o fogo;
é recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles.


Estas são precauções que, na maioria dos casos, evitam o aparecimento da moléstia, que, em geral, leva a amputações.

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