28 maio 2008
27 maio 2008
Dia Mundial da Diabetes
O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela International Diabetes Federation (IDF) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em resposta ao aumento do interesse em torno da diabetes no mundo.
Quando e Por Quê?
Celebrado em 14 de Novembro, e visto como a maior iniciativa mundial em torno do diabetes, a data foi escolhida devido ao nascimento do cientista canadense Frederick Bantin que, em parceria com Charles Best, foi responsável pela descoberta da insulina, em Outubro de 1921. Dois anos mais tarde, Banting recebia o Prémio Nobel de Medicina por esta descoberta e pela aplicação da insulina no tratamento das pessoas com diabetes.
Essa campanha global de consciencialização, que a cada ano aborda um tema diferente, é compartilhada por cerca de 190 associações de diabetes de mais de 150 países. É uma iniciativa que reúne líderes de opinião, profissionais da saúde, pessoas com diabetes e o público em geral. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) destaca-se entre as entidades, mobilizando-se de forma muito activa nos últimos anos.
Curiosidades sobre a Diabetes
1. Diabete é uma palavra que significa passar através de- referente ao excesso de urina provocado pela eliminação de glicose.
2. Felizmente já se passou a época em que o médico precisava provar a urina de seu doente para se convencer que se tratava ou não de um caso de diabete. (Trecho de um comentário do Dr. Erwin Rizak, médico austríaco, escrito em 1936)
3. Em 1923, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi conferido a um médico com 30 anos de idade. Era o canadense Frederick Grant Banting (1891 a 1941), que motivado por seu pai sofrer de diabete, empenhou-se em estudar a causa e participou da descoberta da insulina.
4. Cães podem sofrer de diabete, mais comum entre os mais velhos. Percebe-se que o animal está diabético porque ele faz muito xixi e bebe muita água.
5. Calcula-se que 6% da população dos Estados Unidos da América sofrem de diabete; entre os descendentes de índios com idade acima de 45 anos, a taxa é de 50%.
6. Mulheres diabéticas apresentam mais problemas ginecológicos que as não diabéticas; a maioria nada sente.
7. Foi na segunda metade do século XIX (1869) , que o médico alemão Paulo Langerhans descobriu que o pâncreas tinha células que se organizavam em ilhotas, e que (1890), o médico alemão Oskar Minkowski percebeu que o pâncreas de cachorros produzia um composto químico que se opunha ao diabete.
8. Foi no início do século XX (1901), que o médico Eugene Opie conseguiu saber que esta substância química era produzida justamente naquelas ilhotas do pâncreas, e que a lesão deste órgão causava diabete; vinte anos depois (1921), quatro pesquisadores canadenses da Universidade de Toronto conseguiram isolar a insulina do pâncreas.
9. Na década de 80, a engenharia genética permitiu produzir insulina industrial, substituindo a sua extração do pâncreas de animais.
2. Felizmente já se passou a época em que o médico precisava provar a urina de seu doente para se convencer que se tratava ou não de um caso de diabete. (Trecho de um comentário do Dr. Erwin Rizak, médico austríaco, escrito em 1936)
3. Em 1923, o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi conferido a um médico com 30 anos de idade. Era o canadense Frederick Grant Banting (1891 a 1941), que motivado por seu pai sofrer de diabete, empenhou-se em estudar a causa e participou da descoberta da insulina.
4. Cães podem sofrer de diabete, mais comum entre os mais velhos. Percebe-se que o animal está diabético porque ele faz muito xixi e bebe muita água.
5. Calcula-se que 6% da população dos Estados Unidos da América sofrem de diabete; entre os descendentes de índios com idade acima de 45 anos, a taxa é de 50%.
6. Mulheres diabéticas apresentam mais problemas ginecológicos que as não diabéticas; a maioria nada sente.
7. Foi na segunda metade do século XIX (1869) , que o médico alemão Paulo Langerhans descobriu que o pâncreas tinha células que se organizavam em ilhotas, e que (1890), o médico alemão Oskar Minkowski percebeu que o pâncreas de cachorros produzia um composto químico que se opunha ao diabete.
8. Foi no início do século XX (1901), que o médico Eugene Opie conseguiu saber que esta substância química era produzida justamente naquelas ilhotas do pâncreas, e que a lesão deste órgão causava diabete; vinte anos depois (1921), quatro pesquisadores canadenses da Universidade de Toronto conseguiram isolar a insulina do pâncreas.
9. Na década de 80, a engenharia genética permitiu produzir insulina industrial, substituindo a sua extração do pâncreas de animais.
Prevenção da Diabetes
A melhor maneira de prevenir a diabetes é ter um estilo de vida saudável. No caso do doente diabético, a educação é a melhor forma de prevenção.
A diabetes é uma situação perpétua, dinâmica e variável. Assim, o diabético tem de conhecer a sua doença: causas, efeitos e riscos – imediatos e a longo prazo.
A educação tem por objectivo treinar alguém na prática de um novo comportamento até que este se torne habitual, isto é, até à criação do hábito. Tem de ser adaptada à situação clínica e ao diabético a quem se dirige (grávida, idoso, etc.).
Os grandes eixos da educação do diabético reportam-se à alimentação (correcto regime alimentar), à autovigilância (peso, glicemias diárias, auto-observação dos pés, etc.), à higiene corporal (cuidados com as unhas, com o calçado, etc.), à tomada de consciência para os sinais de alarme das complicações agudas (hipoglicemia, acidose diabética) e forma de actuar, e à gestão da medicação.
Diagnóstico da Diabetes Mellitus
A diabetes mellitus é caracterizada pela hiperglicemia recorrente ou persistente, e é diagnosticada ao se demonstrar qualquer um dos itens seguintes:
Nível plasmático de glicose em jejum maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após uma dose de 75g de glicose oral como em um teste de tolerância à glicose em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
O Diabetes Melito Gestacional possui critérios diagnóstico diferentes.
Nível plasmático de glicose em jejum maior ou igual a 126 mg/dL (7,0 mmol/l)em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose maior ou igual a 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l duas horas após uma dose de 75g de glicose oral como em um teste de tolerância à glicose em duas ocasiões.
Nível plasmático de glicose aleatória em ou acima de 200 mg/dL ou 11,1 mmol/l associados a sinais e sintomas típicos de diabetes.
O Diabetes Melito Gestacional possui critérios diagnóstico diferentes.
A Insulina
Se tem diabetes mellitus tipo 1, isso significa que o seu corpo já não produz insulina suficiente. Se não tomar insulina, o nível de açúcar no seu sangue irá aumentar até que se desenvolve cetoacidose. Através da administração de injecções de insulina, poderá levar uma vida activa e saudável.
Até aos anos 80, todos os tipos de insulina eram extraídos do pâncreas de vacas e porcos. Estas insulinas ainda são utilizadas, mas cada vez mais as pessoas com diabetes tomam insulina humana biossintética, obtida por tecnologia de DNA recombinante. Isto significa que alguns microrganismos, tais como o fermento de padeiro, foram programados para produzir insulina idêntica à insulina humana.
Depois de injectada, a insulina é levada pelo sangue e transportada juntamente com o açúcar para as células do vosso corpo. A insulina funciona como uma chave, que permite a entrada do açúcar nas células. Isto faz baixar o nível de açúcar no sangue. As células do organismo, tais como as células que formam o músculo, utilizam o açúcar como combustível. Ao fim de algum tempo, o efeito da insulina desaparece e terá que voltar a injectar insulina.
Tipos de insulina
• Insulina de curta duração
• Insulinas de acção prolongada
• Insulina pré-misturada
Existem 3 tipos principais de insulina: a insulina de curta duração, as insulinas de acção prolongada e as insulinas pré-misturadas. A maioria das pessoas precisa de mais de um tipo de insulina. As insulinas diferem na rapidez com que começam a actuar, no momento em que atingem o seu pico de acção e na duração da sua acção.
Análogos de acção rápida
• Começam a fazer efeito muito rapidamente
• Injectam-se imediatamente antes das refeições
• A duração do efeito é de 3-5 horas
Os análogos foram concebidos para começarem o efeito imediatamente a seguir à injecção. Isto quer dizer que não vai ter de esperar entre a injecção e a refeição.
O efeito dura entre 3-5 horas, que é suficiente para controlar o seu açúcar no sangue a seguir à refeição.
Insulina de acção curta
• Controla o açúcar do sangue após de uma refeição
• O seu efeito dura cerca de 8 horas
Como os análogos de efeito rápido, a insulina de acção curta controla o nível de açúcar no sangue após uma refeição, mas os eu efeito dura um pouco mais (até 8 horas). Como é um pouco lenta a começar o efeito
deve-se injectar alguns minutos antes de começar a refeição.
NPH - Uma insulina de acção prolongada
• Começa a actuar mais tarde
• O seu efeito mantém-se por cerca de 24 horas
Existem diferentes tipos de insulinas de acção prolongada, mas todas elas começam a actuar um pouco mais tarde do que a insulina de curta duração e a sua acção mantém-se por muito mais tempo. Por exemplo, a insulina NPH ficará activa após uma hora e meia e o seu efeito dura cerca de 24 horas.
Insulina pré-misturada
• Insulina de curta duração e de acção prolongada
Se toma insulina duas vezes por dia, provavelmente utilizará uma mistura de insulina de curta duração e de acção prolongada. As insulinas pré-misturadas são misturas de insulina de curta duração e de insulina de acção prolongada de preparação rápida, que combinam os efeitos de ambas. Um exemplo deste tipo, é a mistura de 30% de insulina de curta duração (R) e 70% de insulina de acção prolongada (NPH).
Impotência Sexual na Diabetes
Quando há excitação sexual no homem há ereção do pênis e na mulher há lubrificação da vagina. Tudo isto resulta de sinais enviados pelo cérebro através de nervos para os vasos sanguíneos da região.
Na diabetes pode aparecer uma disfunção sexual. Ela pode manifestar-se sob a forma de ejaculação retrógrada ou impotência sexual no sexo masculino e perda do desejo, incapacidade de orgasmo e déficit de lubrificação no sexo feminino.
Estas alterações podem ter origem nas lesões dos nervos mas também nos vasos sanguíneos. Muitas das disfunções sexuais no diabético não têm origem em lesões orgânicas mas podem ter uma natureza psicológica.
Existem hoje formas de tratar muitas destas situações com resultados muito satisfatórios.
A impotência é um problema importante, que embora oculto é muito mais comum do que o que se pensa. É um problema que gera angústia e preocupação em todo aquele que justificada o injustificadamente se considera vítima deste padecimento.
Estamos perante uma questão que afecta um número considerável de indivíduos, que gera problemas psicológicos e de relação severos e que, ao contrário do que habitualmente se pensa, tem possibilidades reais de tratamento e cura.
No homem com impotência a associação à ideia de falta de virilidade e o sentimento de vergonha ou culpa mediante temas relacionados com a sexualidade, fazem com que muitos impotentes, ou que se crêem ser, adoptem uma atitude resignada e fatalista mediante o seu problema, sem procurarem nenhum tipo de ajuda, ou recorrendo a certos medicamentos tradicionais, que longe de resolver o seu problema, tornam-no mais grave e conduzem a uma progressiva perda de esperança.
A impotência pode ter solução a maioria das vezes, mesmo naqueles casos em que não se identifica com clareza uma causa. Podemos hoje em dia aplicar tratamentos que melhoram em grande medida estas alterações. O resultado é a possibilidade de levar uma vida sexual satisfatória.
Na diabetes pode aparecer uma disfunção sexual. Ela pode manifestar-se sob a forma de ejaculação retrógrada ou impotência sexual no sexo masculino e perda do desejo, incapacidade de orgasmo e déficit de lubrificação no sexo feminino.
Estas alterações podem ter origem nas lesões dos nervos mas também nos vasos sanguíneos. Muitas das disfunções sexuais no diabético não têm origem em lesões orgânicas mas podem ter uma natureza psicológica.
Existem hoje formas de tratar muitas destas situações com resultados muito satisfatórios.
A impotência é um problema importante, que embora oculto é muito mais comum do que o que se pensa. É um problema que gera angústia e preocupação em todo aquele que justificada o injustificadamente se considera vítima deste padecimento.
Estamos perante uma questão que afecta um número considerável de indivíduos, que gera problemas psicológicos e de relação severos e que, ao contrário do que habitualmente se pensa, tem possibilidades reais de tratamento e cura.
No homem com impotência a associação à ideia de falta de virilidade e o sentimento de vergonha ou culpa mediante temas relacionados com a sexualidade, fazem com que muitos impotentes, ou que se crêem ser, adoptem uma atitude resignada e fatalista mediante o seu problema, sem procurarem nenhum tipo de ajuda, ou recorrendo a certos medicamentos tradicionais, que longe de resolver o seu problema, tornam-no mais grave e conduzem a uma progressiva perda de esperança.
A impotência pode ter solução a maioria das vezes, mesmo naqueles casos em que não se identifica com clareza uma causa. Podemos hoje em dia aplicar tratamentos que melhoram em grande medida estas alterações. O resultado é a possibilidade de levar uma vida sexual satisfatória.
26 maio 2008
O Pé Diabético na Diabetes Mellitus
Os problemas que aparecem na perna e, particularmente no pé dos diabéticos constituem um constante desafio à ciência e à profissão médica. As alterações anatomopatológicas da diabete mellitus são numerosas, acometem o corpo como um todo e de várias formas, principalmente no período avançado da moléstia e na região de transição da perna ao tornozelo e no pé propriamente dito. A neuropatia diabética e suas alterações da sensibilidade dos pés têm sido as maiores responsáveis pelo aparecimento destas lesões de difícil tratamento e de prognóstico reservado. Normalmente, o diabético só se dá conta da lesão quando esta se encontra em estágio avançado e quase sempre com uma infecção secundária, o que torna o tratamento extremamente difícil, devido à insuficiência circulatória.
O que se sente?
Desaparecimento ou diminuição dos reflexos do tendão, das rótulas e do calcanhar são frequentes.
Diminuição na sensibilidade térmica e dolorosa e áreas de anestesia são justificativas às tão frequentes lesões.
Na verdade, o grande problema do diabético - devido à sua falta de sensibilidade - é que só se apercebe da seriedade de seu caso, quando sente o mau cheiro exalado pela gangrena diabética.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito pela história clínica e pelo exame físico da lesão que geralmente é indolor porém extensa e de odor extremamente desagradável devido à necrose húmida que provoca.
Como é feito o tratamento?
No tratamento do pé diabético, é fundamental encarar sempre esses pacientes como casos graves, pois é imprevisível o potencial evolutivo que encerram as lesões nos diabéticos, particularmente quando se associam à polineuropatia, à vasculopatia e às infecções.
É necessário o controle rigoroso da glicemia através da dieta e de insulina ou hipoglicemiantes orais, bem como da limpeza diária e tratamento precoce das lesões - o mais imediato possível.
Como é feita a prevenção?
A prevenção no pé diabético é o capítulo mais importante nesta patologia:
o exame diário dos pés, bem como a protecção dos dedos e maléolos é a maneira mais fácil de evitar o aparecimento das tão desagradáveis e perigosas lesões;
é necessário secar bem os pés, cortar cuidadosa e periodicamente as unhas;
é preciso evitar a colocação de calor local, tipo bolsas de água quente e proximidade com o fogo;
é recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles.
Estas são precauções que, na maioria dos casos, evitam o aparecimento da moléstia, que, em geral, leva a amputações.
Complicações da Diabetes Mellitus
No decorrer do tempo, a concentração alta de glicose lesa os vasos sanguíneos, os nervos e outras estruturas internas. Substâncias complexas derivadas do açúcar acumulam-se nas paredes dos pequenos vasos sanguíneos, provocando espessamento e ruptura dos mesmos. Ao espessarem, esses vasos transportam cada vez menos sangue, especialmente para a pele e os nervos. O mau controlo da concentração de glicose tende a produzir aumento da concentração de substâncias gordurosas (lipídeos), acarretando uma aterosclerose (formação de placas nos vasos sanguíneos) acelerada. A aterosclerose é 2 a 6 vezes mais comum nos indivíduos diabéticos que nos não diabéticos e ocorre igualmente em homens e mulheres. A má circulação, seja através dos vasos sanguíneos pequenos seja através dos grandes, pode lesar o coração, o cérebro, os membros inferiores, os olhos, os rins, o nervos e a pele e, além disso, retarda a cura das lesões. Por todas essas razões, os indivíduos diabéticos podem apresentar muitas complicações graves a longo prazo. Os enfartos do miocárdio e os acidentes vasculares cerebrais são as mais comuns.
A lesão de vasos sanguíneos do olho pode causar perda da visão (retinopatia diabética). A função renal pode ser comprometida, resultando em uma insuficiência renal que requer diálise. A lesão dos nervos pode manifestar-se de diversas formas. Quando apenas um nervo é comprometido (mononeuropatia), pode ocorrer fraqueza súbita de um membro superior ou inferior. Quando os nervos que inervam as mãos, os membros inferiores ou os pés são lesados (polineuropatia diabética), pode ocorrer uma alteração da sensibilidade e o indivíduo pode apresentar formigueiro ou sensação de queimação e fraqueza dos membros superiores e inferiores. A lesão dos nervos da pele aumenta a probabilidade de lesões repetidas porque o indivíduo não consegue sentir as mudanças de pressão ou de temperatura. O mau suprimento sanguíneo para a pele também pode acarretar a formação de úlceras e todas as feridas cicatrizam lentamente. As úlceras dos pés podem tornar-se tão profundas e infectadas e cicatrizar tão mal que pode ser necessária a amputação de uma parte do membro inferior. Evidências recentes revelam que as complicações da diabetes podem ser evitadas, postergadas ou retardadas através do controle da concentração de glicose. Outros factores desconhecidos, incluindo os genéticos, também determinam a evolução subsequente dos eventos.
A lesão de vasos sanguíneos do olho pode causar perda da visão (retinopatia diabética). A função renal pode ser comprometida, resultando em uma insuficiência renal que requer diálise. A lesão dos nervos pode manifestar-se de diversas formas. Quando apenas um nervo é comprometido (mononeuropatia), pode ocorrer fraqueza súbita de um membro superior ou inferior. Quando os nervos que inervam as mãos, os membros inferiores ou os pés são lesados (polineuropatia diabética), pode ocorrer uma alteração da sensibilidade e o indivíduo pode apresentar formigueiro ou sensação de queimação e fraqueza dos membros superiores e inferiores. A lesão dos nervos da pele aumenta a probabilidade de lesões repetidas porque o indivíduo não consegue sentir as mudanças de pressão ou de temperatura. O mau suprimento sanguíneo para a pele também pode acarretar a formação de úlceras e todas as feridas cicatrizam lentamente. As úlceras dos pés podem tornar-se tão profundas e infectadas e cicatrizar tão mal que pode ser necessária a amputação de uma parte do membro inferior. Evidências recentes revelam que as complicações da diabetes podem ser evitadas, postergadas ou retardadas através do controle da concentração de glicose. Outros factores desconhecidos, incluindo os genéticos, também determinam a evolução subsequente dos eventos.
Causas da Diabetes Mellitus
A diabetes mellitus é uma doença causada por fatores genéticos e ambientais, ou seja, o indivíduo nasce com a predisposição para desenvolver a diabetes, sendo que fatores ambientais como a obesidade, quadros infecciosos, traumas emocionais e gravidez, entre outros, podem favorecer o seu aparecimento.
Sinais e Sintomas da Diabetes Mellitus
A tríade clássica dos sintomas da diabetes é poliúria (pessoa urina com frequência), polidipsia (sede aumentada e aumento de ingestão de líquidos), polifagia (apetite aumentado). Pode ocorrer perda de peso. Estes sintomas podem se desenvolver bastante rapidamente no tipo 1, particularmente em crianças (semanas ou meses) ou pode ser subtil ou completamente ausente — assim como se desenvolver muito mais lentamente — no tipo 2. No tipo 1 pode haver também perda de peso (apesar da fome aumentada ou normal) e fadiga. Estes sintomas podem também se manifestar na diabetes tipo 2 em pacientes cuja diabetes é má controlada.
Quando a concentração de glicose no sangue está alta (acima do limiar renal), a reabsorção de glicose no túbulo proximal do rim é incompleta, e parte da glicose é excretada na urina (glicosúria). Isto aumenta a pressão osmótica da urina e consequentemente inibe a reabsorção de água pelo rim, resultando na produção aumentada de urina (poliúria) e na perda acentuada de líquido. O volume de sangue perdido será reposto osmoticamente da água armazena das células do corpo, causando desidratação e sede aumentada.
Quando os níveis altos de glicose permanecem por longos períodos, ocorre a absorção de glicose e isto causa mudanças no formato das lentes dos olhos, levando a dificuldades de visão. A visão borrada é a reclamação mais comum que leva ao diagnóstico de diabetes; o tipo 1 deve ser suspeito em casos de mudanças rápidas na visão, ao passo que o tipo 2 geralmente causa uma mudança mais gradual.
Pacientes (geralmente os com diabetes tipo 1) podem apresentar também cetoacidose diabética, um estado extremo de desregulação metabólica caracterizada pelo cheiro de acetona na respiração do paciente, respiração Kussmaul (uma respiração rápida e profunda), poliúria, náusea, vómito e dor abdominal e qualquer um dos vários estados de consciência alterados (confusão, letargia, hostilidade, mania, etc.). Na cetoacidose diabética severa, pode ocorrer o coma (inconsciência), progredindo para a morte. De qualquer forma, a cetoacidose diabética é uma emergência médica e requer atenção de um especialista.
Um estado raro, porém igualmente severo, é o estado não-cetótico, que é mais comum na diabetes tipo 2, e é principalmente resultante da desidratação devido à perda de líquido corporal. Frequentemente o paciente tem ingerido quantidades imensas de bebidas contendo açúcar, levando a um ciclo vicioso em consideração à perda de líquido.
Quando a concentração de glicose no sangue está alta (acima do limiar renal), a reabsorção de glicose no túbulo proximal do rim é incompleta, e parte da glicose é excretada na urina (glicosúria). Isto aumenta a pressão osmótica da urina e consequentemente inibe a reabsorção de água pelo rim, resultando na produção aumentada de urina (poliúria) e na perda acentuada de líquido. O volume de sangue perdido será reposto osmoticamente da água armazena das células do corpo, causando desidratação e sede aumentada.
Quando os níveis altos de glicose permanecem por longos períodos, ocorre a absorção de glicose e isto causa mudanças no formato das lentes dos olhos, levando a dificuldades de visão. A visão borrada é a reclamação mais comum que leva ao diagnóstico de diabetes; o tipo 1 deve ser suspeito em casos de mudanças rápidas na visão, ao passo que o tipo 2 geralmente causa uma mudança mais gradual.
Pacientes (geralmente os com diabetes tipo 1) podem apresentar também cetoacidose diabética, um estado extremo de desregulação metabólica caracterizada pelo cheiro de acetona na respiração do paciente, respiração Kussmaul (uma respiração rápida e profunda), poliúria, náusea, vómito e dor abdominal e qualquer um dos vários estados de consciência alterados (confusão, letargia, hostilidade, mania, etc.). Na cetoacidose diabética severa, pode ocorrer o coma (inconsciência), progredindo para a morte. De qualquer forma, a cetoacidose diabética é uma emergência médica e requer atenção de um especialista.
Um estado raro, porém igualmente severo, é o estado não-cetótico, que é mais comum na diabetes tipo 2, e é principalmente resultante da desidratação devido à perda de líquido corporal. Frequentemente o paciente tem ingerido quantidades imensas de bebidas contendo açúcar, levando a um ciclo vicioso em consideração à perda de líquido.
Diabetes Insipidus
A diabetes insípidus (DI) é uma doença caracterizada pela sede pronunciada e pela excreção de grandes quantidades de urina muito diluída. Esta diluição não diminui quando a ingestão de líquidos é reduzida. Isto denota a incapacidade renal de concentrar a urina. A DI é ocasionada pela deficiência do hormónio antidiurético (vasopressina) ou pela insensibilidade dos rins a este hormónio.
O hormónio diurético é produzido normalmente no hipotálamo do cérebro. Ele controla o modo como os rins removem, filtram e reabsorvem fluidos dentro da corrente sanguínea. Quando ocorre a falta desse hormónio (ou quando os rins não podem responder ao hormónio) os fluidos passam pelos rins e se perdem por meio da micção. Assim, uma pessoa com DI precisa ingerir grande quantidade de água em resposta à sede extrema para compensar a perda de água.
O hormónio diurético é produzido normalmente no hipotálamo do cérebro. Ele controla o modo como os rins removem, filtram e reabsorvem fluidos dentro da corrente sanguínea. Quando ocorre a falta desse hormónio (ou quando os rins não podem responder ao hormónio) os fluidos passam pelos rins e se perdem por meio da micção. Assim, uma pessoa com DI precisa ingerir grande quantidade de água em resposta à sede extrema para compensar a perda de água.
Diabetes Mellitus
DIABETES MELLITUS - é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue), e resultam de deficiências na utilização da glicose existente no sangue como forma de energia. O problema pode dever-se a falhas na secreção de insulina, em sua acção ou ambos. Trata-se de uma doença complexa, na qual coexiste um transtorno global do metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas.
DIABETES MELLITUS TIPO 1 - normalmente inicia-se na infância ou na adolescência, e caracteriza-se por um défice de insulina, devido à destruição das células beta do pâncreas por processos auto-imunes. Só cerca de 1 em 20 pessoas diabéticas tem diabetes tipo 1, a qual se apresenta mais frequentemente entre jovens e crianças. Este tipo de diabetes conhecia-se como diabetes mellitus insulino-dependente ou diabetes infantil. Nela, o corpo produz pouca ou nenhuma insulina. As pessoas que padecem dela devem receber injecções diárias de insulina. A quantidade de injecções diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas
Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três factores: a insulina, a alimentação e o exercício.
DIABETES MELLITUS TIPO 2 - já não se deve usar o termo Diabetes não Insulino-dependente, tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenómeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão. Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade; anteriormente denominada diabetes do adulto, diabetes relacionada com a obesidade, diabetes não insulino-dependente. Vários fármacos e outras causas podem, contudo, causar este tipo de diabetes.
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL - a diabetes gestacional envolve uma combinação de secreção de insulina inadequados, assemelhando-se à diabetes tipo 2 em diversos aspectos. Ela desenvolve-se durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebé. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% – 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente na vida.
A diabetes mellitus gestacional (DMG) ocorre em cerca de 2% – 5% de todas as gravidezes. Ela é temporária e completamente tratável mas, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrosomia (peso elevado do bebé ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congénita. Ela requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez.
Os riscos fetais associados à DMG incluem anomalias congénitas como malformações cardíacas, do sistema nervoso central e de músculos esqueléticos. A insulina fetal aumentada pode inibir a produção de surfactante fetal e pode causar problemas respiratórios.
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